
Expandir nossa visão de mundo pode ter um preço caro, pois nunca mais você conseguirá regredi-la.
Tem sido o meu Carma, pois noto que, as vezes, algumas pessoas, ainda ficam incomodadas com a minha “imposição de opinião”. Mas desde a adolescência, sempre fui muito crítico e contestador, o rock piorou isso um pouco e a separação dos meus pais também pioraram mais um pouco. Demorou, mas eu consegui entender que isso não era uma piora e sim uma melhora.
Mas para provar isso a mim mesmo, (que é quem realmente importa), tive… e tenho ainda, que gladiar com pessoas que me acham exagerado, soberbo e impositor.
Uma breve história: Eu larguei tudo e fui embora para São Paulo com 23 anos, não posso dizer que eu estava sozinho, pois comigo estava um sonho que me acompanha até hoje: A Música.
Passei fome, frio, muita insegurança e muitas provações. Essa é a minha faculdade.
Um tempo depois, a Cris, minha namorada na época, também se mudou para São Paulo e juntos, geramos a continuidade das nossas vidas, Isa e Samu.
Em SP, Convivi com pessoas que me ajudaram a expandir minha visão do mundo, mas em certo momento, resolvi interromper essa jornada e voltei para as minhas origens, onde estou até hoje.
Foi a decisão certa para o momento, eu temia por meus filhos e não me arrependo de ter voltado. Mas eu sabia que em algum momento a cobrança chegaria e… chegou.
O zumbi cobrador de dividas morais, saiu da sua cova rasa para me dizer: “Olha pra esses caras, é isso que você quer ser?”
“Esses caras”, que o cobrador zumbi dizia em minha mente, eram meus velhos/novos “amigos” que não expandiram suas visões e pior, submissos à pensamentos retrógrados de uma hierarquia patriarcal… estavam me deixando inquieto.
Friamente eu respondia ao velho zumbi: Sim, de boa!
Mas ele era um cobrador maldito e não exitava em surgir nos piores momentos, naqueles que eu sentia vergonha alheia de ver um “amigo” se sujeitando a viver com uma saia justa atolando sua bunda apenas para manter um falso status.
Então, com o empoderamento das redes sociais, comecei a falar o que ninguém falava; critiquei as regras do patriarcado, as regras dos religiosos, as regras da política provinciana…
“REGRA É MINHA ROLA DE TOUCA” eu dizia em outras palavras, até que comecei a ser ironizado:
“Rede Social é coisa de gente atoa” diziam os amigos, do qual eu tentava tirar a saia justa dos seus regos.
Pois bem, o projeto dos Delírios nasceu, e foi compondo uma musica para os “amigos” novorizontinos, que consegui pagar a minha divida com o velho cobrador zumbi.
Essa musica se chama “Quando é o Fim”, hoje, aliás, as minhas críticas foram expandidas, e tenho um informativo semanal que sacode as estruturas patriarcais da nossa jovem cidade coronelista.
Como tudo tem um preço, Já não sou mais convidado para as festas e churrascos… porém, pintaram novos amigos, e esses, até respeitam e concordam comigo, o que também é muito perigoso, por isso, faço questão de continuar nutrindo algumas “amizades” de quem nunca vai concordar comigo.