Quantos anos você tem?
Já namorou?
É casado(a)?
Já teve brigas conjugais?
Já pediu um tempo?
Já deu a segunda chance, a terceira, quarta, quinta… é, eu sei como é, ouvi dizer que relacionamentos erráticos influenciaram muitos artistas e tenho uma duvida – A arte supera a tristeza ou a tristeza inspira a arte?
Difícil responder, acho que é pessoal, mas experiências amorosas intensas são catalizadoras e é fácil expeli-las, basta escrever um poema, afinal, o tema é muito popular e provavelmente alguém vai acabar se identificando, o difícil é fazer algo memorável.
No projeto delirante que venho trabalhando desde setembro de 2016, carrego essa preocupação, ser “memorável”. Desde que remasterizei e relancei o disco do cantor e compositor Léo Karan, passei a entender melhor esse conceito .
Abrãozinho, como ele era conhecido aqui em Novo Horizonte, demorou décadas pra ter sua obra prima, o disco Urbana de 1976, reconhecida. Ele abandonou a carreira artística e de volta à NH, foi funcionário publico e morreu em 1997, mas sua obra será sempre memorável.
As minhas ultimas publicações nesse blog, em comum, são feitas logo que finalizo uma canção e em “Dizer a Verdade” (a da vez) também mergulhei de cabeça no tema amoroso.
Apesar das referências, não falo especificamente sobre o meu relacionamento com a Cris, essa foi uma das primeiras músicas do projeto delirante, talvez a primeira, lembro que escrevi um trecho usando palavras aleatórias, achei muito meloso e abandonei. Depois de um bom tempo, curiosamente ainda lembrava daquela melodia e resolvi evoluí-la. Então, percebi que aquelas palavras aleatórias faziam muito sentido:
“Eu sei que dói ouvir a verdade, eu não tenho outra explicação e pouco me comove a sua versão, eu sei que dói dizer a verdade, você sempre teve explicação, hoje não, assuma não estar mais segura de si, o que fez não tem perdão!”.
Piegas eu sei, mas nem tanto, pois quando mostrei pra Cris percebemos que invertendo o sexo dos personagens, combinava comigo, que ficava fora nas madrugadas e por vezes deixei ela preocupa, sem dormir, como diz a letra.
Na primeira fase do projeto, quando eu publiquei todas as 16 músicas que foram pré-produzidas, “Dizer a Verdade” foi uma das mais elogiadas e detalhe, por pessoas que não eram do meio artístico. Aquilo me deixou intrigado, eu estava decido a excluí-la, pois tanto sua melodia, quanto a letra, são POP (demais).
Hoje, mais maduro e evoluído musicalmente, assumo, ser POP não é problema, pelo contrário, tanto que ser POP foi o que me fez escolhe-la e incluí-la no projeto final e tranquilamente aviso, vai ter música falando de amor e coração partido SIM… oras!